a escuridão
que se aproxima
na noite em devaneio
a ilusão de tanto tempo
já não me diz nada
sobre a mesa
folhas amarelas
recordações de um dia
pontas de cigarro exalando
fumaça de lamúrias
inerte amarelada
cor do meu silêncio
rabiscos sem sentido
cor do meu silêncio
rabiscos sem sentido
palavras despidas de adjetivos
completamente nuas
copos vazios
repletos de mágoas
olhos penitentes
lábios que choram
lembranças que não se calam
dos velhos hábitos
ficam os rabiscos
palavras que já não dizem
que não se desfaz
com o tempo
Paulo Knop <>< Mar 2015