terça-feira, 8 de março de 2016

Finitude

Ensinou a vida
Eu sei
Aprendi amar
Viajei no mundo 
Sonhei

Chorei de amor
De amor delirei
Fiz castelos em quimeras
A realidade ensinou
O bruto viver

Minha voz
Gritei
Em delirantentes paixões
Anseios diversos
Poder que tudo pode

E assim em fim
Acordei
Minha voz sumiu
Permanecem as lembranças
Podres e vazias

Já não tem planto
Pois não se pode arrepender
Não tem mais tempo
Não tem mais vida
Fica a ilusão
Que tudo podia
E nada fiz
                     
                     Paulo Knop <><   Mar 2016