segunda-feira, 24 de março de 2014

Manhã cinzenta


Manhã cinzenta
onde  se esconde o poeta
Manhã em que me debruço
em recordações  para ver a vida
que passa do lado de lá

Os olhos  transeuntes
me perco  com a ausência
da cor neste dia
brumas me levam a deriva

Enquanto aguardo
a passagem dos minutos
conto as horas e os dias deste tempo
tempo que passa, mas não voa.
Que corre, mas não chega
apenas nubla minha alma
em reminiscência infida

                                        Paulo Knop  <><   março 2014