terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Existir

Às vezes juntos  
às vezes separado
às vezes perto
às vezes longe
às vezes conduzimos
às vezes conduzido
às vezes sim
às vezes não
às vezes claro
às vezes escuro
às vezes triste
às vezes contente

Assim se segue
capricho do mundo
de não sabermos o que virá

                                            Paulo Knop <>< Nov  2015

Chega o tempo de ser
Chega o tempo que a vida ...
É viver
Apenas viver

                                                                                         

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Contemplação

Contemplei a vida
pensei o que é possível lembrar
era apenas nós dois
lembranças do bem e do mal
e dos desejos e do amor
fragmentos de luz

Roda o mundo
o tempo sempre a rodar
o sonho aconteceu
o amor acima de tudo
se isto não é amor
não saberei dizer 

Simplesmente vivemos
juntos caminhamos
sorrindo chorando
assim cada dia mais forte
o desejo por você
Assim o mundo gira

Sem perceber
o mundo ficou para traz
só restou eu e você
temos tanto juntos
tanto para a sonhar
e o  tempo... Nunca é demais
                                                   Paulo Knop <><  Nov 2015 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Possessão


Tenho medo desse amor
Amor possessível
Que não se venera
Que não se respeita
Despreza a si e o outro
Não se reflete as palavras

Amor não é posse
Não se adquire amor
Se conquista o amor
Se sente, se pensa se lembra
Desejo. Fulgor de sempre juntos
Compartilha-se o amor

Porque o medo da perda?
Se somos um
Somos feitos um pro outro
Compartilhamos sonhos
Se somos cara metade
Não é assim que se diz...     
                   
O que temes?
A morte
A sombra do abandono    
A indiferença 
A insegurança
A solidão

Ou...

Perda de uma aquisição
Que não pode ser compartilhado
Sempre de prontidão ao desejo
Onipresença do submisso
Isto não é amor
Isto é...  Obsessão 
                                                                          Paulo Knop <>< Nov 2015




sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Rancores

Nossos olhos
Já não se cruzam
Baixo se perde ao relento
Já não diz.  Já não ouvem
Rancores ficaram
Só ele nos acompanha
Só ele para unir-nos

Erros cometidos
Talvez por inocência
ou simplesmente comentemos
Sem intensão de magoar
Ingênuos erros ─  Agora
Afoitos da juventude
Estes ficaram mais,  que os...

Momentos alegres... E que alegria
Já não faz mais coro
Já não faz parte
De nossas vidas
Ficaram os rancores
Maldito rancores
Parecem inesquecíveis

                                                  Paulo Knop <>< Out 2015

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Aprender a Ver


         abrir os olhos 
         aprender olhar
         com olhos da alma
         sentir calma 
         sentir paz
         acalentar paciência
         privilegiar o espirito
         como uma dadiva
         da benevolência
         sair do mundo que se vive
         flutuar em devaneios
         em vôo sem fim
         achar o caminho suave e verde
         verte apenas...  a si
         nesta  imensidão 
         que só a ti pertence
                                                                                                                                                                                      Paulo Knop <><  Out 2015

sábado, 17 de outubro de 2015

ALGUÉM

alguém como eu
alguém como você

sofreguidão dos instantes
sufocado pelas palavras 
já não se diz 
acende a chama
cúmplice nos desejos  

eu e você 
você e eu  
inteiro em um

alguém como eu
alguém como você

                                       Paulo Knop <><   Out 2015

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Tempo um Vôo

  Tempo tempo  tempo...
     devorador  das coisas
        tempo passa
           o tempo é um vôo
              corre o tempo
                la se foi o tempo
                 eu não vi o tempo passar
                   antes não tinha tempo
                      hoje tenho tempo
                        não há mais tempo
                          os sonhos se foram com o tempo
                             ficaram as lembranças
                               que o tempo não desfaz

                                           Paulo Knop <>< Out 2015

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Remorso

A certeza do erro cometido
Caminho sem volta
Solidão do espirito
A dor que não se cura
Dor que desespera
O tempo não atenua
Estupidez maldade alheia

Envolto em ânsias e dúvidas
Contrito incapaz...
de ser benevolente com si
Desolado tormento da alma
a culpa e angústia dos atos
que  não pode ser desfeito
Apenas deixam cicatrizes

                          Paulo Knop <><  Out 2015

sábado, 26 de setembro de 2015

Seiva da Terra


Que delícia
o sabor da água

Que maravilhoso
o cheiro da água

Que beleza
a cor da água

Mas...
água não tem sabor
água não tem cheiro
água  não tem cor
e não temos... Água

                                                 Paulo Knop <>< Set 2015

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Amamos

     
     Amamos...
     Às vezes a vida inteira
     Simplesmente amamos
     Amamos o sol
     Amamos as flores
     Amamos a paz
     Amamos o outro
     Amamos nós
     Amamos as Marias
     Amamos filhos
     Amamos plenamente...
     Isso nos basta
     Não importa se recíproco
     Não é uma questão de escolha
     É amor, apenas amor
     Simplesmente assim
     Amamos...

                                   Paulo Knop <>< Set  2015

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Ódio


O mais primitivo
dos sentimentos
Instinto pernicioso
Destrói a si e aos outros
Avassala a alma o mais que pode
Antiga sina da humanidade

Verso e reverso da paixão
Veneno que nos consome
Fere-se e é ferido para ferir
Mal sobrepõe o bem avesso do amor
Cólera cega dos atos
Não sabemos o resultado de sua ação

Insano nos abstrai da razão
Sem culpa... Sem medo
Sem compaixão
Se mata destrói vidas
Por medo por raiva ou discriminação
Se odeia... Porque lhe falta inteligência

                                              Paulo Knop <><  Set 2015

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Momentos de Mim

Buscar apenas resgatar
Tentar viver aquilo
que espontaneamente 
emanava dentro de mim
Por que isso é tão difícil
manhãs intermitentes 
noites de profundas
inúteis pensamento 
hipócrita lucidez

Fantasias e idealizações,
concretas conjunto de regras
supostamente harmonizam
que por ônus o reles ser
Havia dias  singelos e peculiares 
Imaginários...  
os momentos de solidão 

Outros dias, ao contrário
eram carregados de peso
inconformismo misturados a indignação
Mesmo assim se caminha
entre levitações e rastejo
se procura se vive se sonha

                                       Paulo Knop <>< Agosto 2015

sábado, 11 de julho de 2015

Crepuscular

Hibernamos
escondemos
absorto
em sombras do passado

 Temos medo
do desconhecido
da marte
enfim da vida

Ficamos atônitos
atordoados
esquecemos
do livre árbitro

Quem vive no medo
vive um mundo pequeno
onde pode controlar
onde  se pode esconder

Braços alto
dizemos adeus
a tarde  que se carboniza
Em silêncio...  Vôo em devaneio
                         
                                          Paulo Knop <>< Julho 2015


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Adágio: O Livro em nós.

Se pegarmos uma banana e colocarmos em uma bandeja e ali a deixarmos com o passar do tempo ela estragaria, ficaria preta e não serviria para mais nada. Agora se a comermos, ela ficaria dentro de nós, nos alimentaria e poderíamos leva-la a qualquer lugar, passaria a fazer parte de nossa vida.
Desta mesma forma é o livro.
 Se deixarmos encostado em uma mesa, pode ser o livro de capa mais linda, com o passar do tempo, suas páginas ficariam amarelas, apodreceriam e ele estragaria e não nos serviria para nada.
Se agora lermos este livro  ele ficará  dentro de nós. Originará a sabedoria e com ela poderemos ir a qualquer lugar deste e de outros mundos, teremos, então, o conhecimento. 
Assim a sabedoria fará parte de nossa vida, e poderemos levá-la a qualquer parte.

     Ouvi em algum lugar.
                                        Paulo Knop  <><  Julho 2015 

sábado, 27 de junho de 2015

Para Sempre

Eu prometo
Amar-te avidamente
em todos as suas formas
Agora e para sempre

Eu prometo
Te ajudar e te compreender
Amar a vida e sempre te abraçar
Com carinho e ter paciência
que o amor exige

Eu prometo
Falar quando as palavras forem necessárias
E não falar quando não forem
A concordar e discordar
Viver no aconchego de seu coração
E sempre chama-lo de lar

Eu prometo
no fundo de minha alma
que  este amor é único nesta vida
Que as tribulações que teremos de enfrentar
não nos impedira de ficarmos juntos

Eu prometo
Nunca esquecer que palavra nunca
Significa... Para sempre juntos

Casamento Filipe e Flávia. Felicidades.

                                                     Paulo Knop <><  20/Junho/2015


sábado, 6 de junho de 2015

Apenas Palavras

Palavras... Palavras
Mal ditas palavras
Fere como farpas afiadas
Esqueça...
Tudo pode ser esquecido
Verbos nefastos insanos
Trouxe tormentas adormecidas
Mórbidas lembranças
Pungindo nossa alma
O que foi dito esta dito
Não se volta
se perdeu ao vento
Esqueça os mal-entendidos
não temos mais tempo
Olvidaremos aqueles momentos
O que importa é o sentimento
Nada mais importa
Palavras... Palavras
Bem ditas se sente na alma
Somente elas valem
Nos faz regozijar a cada momento

                                                 Paulo Knop  <><  06 junho 2015

sábado, 9 de maio de 2015

Dia das Mães














Mãe é um ser divinal
Ser Mãe é uma dadiva
Divindade em formar ser

Criatura alguma sabe
o que é ser Mãe
Só se sabe quando se é Mãe

Só o amor materno
suplanta todos os outros sentimentos

Sem palavras para descrever
Sem palavras para agradecer

Só o amor de Mãe
explica o que sinto neste dia.

                                 Paulo Knop <>< Maio 2015

terça-feira, 5 de maio de 2015

Mãos de Mãe

Milagre da vida
Mãos dadas a te cada dias
Te alimenta e te acariciam
Mãos que juntam para rezar

Mãos que aplaudem a cada passo
Mãos que corrigem
Mãos que perdoa
Mãos divina

Sem essas mãos não existiríamos
A humanidade esta em tuas mãos
Mãos que renova a esperança

Uniremos as mãos
para agradecer essas mãos
que nos carregam por toda vida
As mãos de Mãe.

                                         Paulo Knop <>< Maio 2015

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Casamento


Consumação de um sonho
Agora junto para sempre
Sonhar os mesmos sonhos
Amigos amantes companheiros
Muito mais dar que receber
Enlace de um com outro
Nem eu nem você apenas nós
Ternura em cada olhar
O júbilo começar cada dia contíguo

     
    Paulo Knop <>< 11 Abril  2015

terça-feira, 14 de abril de 2015

Irmãos

Gerados com o mesmo amor
Vivenciamos pulsação de vida
mesmos momentos de angústia
de alegria e temores

Somos Irmãos...
Irmãos são feitos assim
mais emoções que veias
maior do que tudo, 

igualmente amigos

Como podemos?
Fazendo parte da mesma mão
e sermos dedos tão diferentes
Mas unido nos mesmos ideais

Mesmo  longe mas sempre juntos
Suas alegrias minha alegria
Suas lágrimas  são as minhas
Não importa o que venha na vida

Somos feitos assim
mais alegrias que lagrimas
seremos sempre assim
Felizes por sermos...  Apenas irmãos
       

                                            Paulo Knop   <><   Abril 2015

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Casa velha

Contemplo ronceiros caminhos
me levam em devaneio
Desalento invade  alma
silenciosa  angustia
Murmuram sentimentos vazios
Um arrepio e muitas lembranças

A paz que acolá encontrava
Naquela casa, hoje velha
Onde as recordações se materializam
Pela força implacável dos odores
das sombras escondidas nas paredes
em cada canto desabrocham emoções

Sussurros perambulam pelos cômodos
Recordações de um tempo em outro tempo
reflexo de um espelho  em outro espelho
refletindo infinitamente
os espectros do passado
que não voltam mais

Tudo se foi ...
Restaram os escombros
cacos pedaços segredos
só a casa pertence
Ao relento vão morrendo
as velhas imagens
de uma velha casa.
                                  Paulo Knop <>< Abril 2015

terça-feira, 31 de março de 2015

Desejo


                                                                            te desejo...  agora
a qualquer hora
te desejo
olhos absortos... distantes
assim  te quero
como te quero
te peço um instante 
iminentes caricias
sem primícias
assim te quero
não foi embora
o tempo não devora 
o desejo te desejar
assim mesmo
te venero
sem mistério 
como neste versos
tão banais
                                                                                  Paulo Knop <>< Março 2015

sábado, 28 de março de 2015

Domingo de Ramos

Cortejo peregrino
Aclamado com alegria e esperança
Chão revestindo com vestes e folhas
Palmeiras as mãos exalta as vozes
"Ave Rei dos Judeus"
"Hosana ao Filho de Davi"
"Salve o Messias"...
“Ele é justo, e trás a salvação”
Vem montado um jumento símbolo da paz
Assim Triunfante entra em Jerusalém
a uma semana da pascoa
Com desconfiança e inveja
os mestres das leis Judaicas
não O veem com bons olhos
Nas sombras o conluio para condena-Lo
Não sambem os hipócritas
que o reino não é deste mundo
É preciso renunciar a nós mesmos
Morrer na terra como o grão de trigo
para poder dar fruto ao terceiro dia 
                          
Narrativa bíblica   Paulo Knop <><  Março 2015

terça-feira, 24 de março de 2015

Outono

Havia luz
Havia claridade
Havia realidade
Havia felicidade
Havia brilho no olhar
Ardor nos rostos
Reluziam  sorrisos

Mas tudo...

Ficou em silêncio
O mundo ficou mudo
Ficou surdo
Extinguiu o sorriso
Já não há brilho
Já nem se olha
Ficou escuro            
Tristes  sombras
Vultos apagados
Tudo ficou cinza
A luz se apagou
Acabou o verão.

                                                   Paulo Knop <>< Mar 2015

quinta-feira, 19 de março de 2015

Velhos hábitos

a escuridão
que se aproxima
na noite em devaneio
a ilusão de tanto tempo
já não me diz nada

sobre a mesa
folhas amarelas
recordações de um dia
pontas de cigarro exalando
fumaça de lamúrias

inerte amarelada
cor do meu silêncio
rabiscos sem sentido
palavras despidas de adjetivos
completamente nuas

copos vazios
repletos de mágoas
olhos penitentes
lábios que choram
lembranças  que não se calam

dos velhos hábitos
ficam os rabiscos
palavras que já não dizem
que não se desfaz
com o tempo
                                                                   Paulo Knop <>< Mar 2015

sexta-feira, 13 de março de 2015

Dito sem sentido

Eu vou te contar 
palavras são palavras 
nem se percebe ao dizer
você me conhece    
cada um é cada um

As vezes eu tenho que gritar 
isso porque  é meu jeito de ser
você está ai ... ouça-me 
é apenas um grito de desabafo
ressonâncias de nossas fantasias   

A sedução me escraviza a você
ao fim de tudo 
você permanece comigo 
mas preso ao que criamos
e não a mim.

E quanto mais falo sobre a verdade 
um abismo maior nos separa.
jogo perigoso  que a vida joga
busca do chegar ao limite possível
através da aceitação e do reconhecimento

O que existe
entre eu e você
eu quero que você me veja
me dispo do orgulho
lhe mostro inteiro 

Me delato e tu me relatas
e nos acuso e confesso
nos livramos das palavras
das quais são apenas palavras
e assim você se despe
                                                   Paulo Knop <><   Março 2015